Neste complicado ano que estamos vivenciando, poder aprofundar-se nos estudos referentes a gestão em saúde com o intuito de contribuirmos para a sociedade é um privilégio. Portanto para entendermos um pouco mais sobre a questão deste trabalho, precisamos entender um pouco mais sobre os seus conceitos.
Começando por morbidade de acordo com Napead-Ufrgs tem como função descrever e analisar uma situação existente avaliando seus objetivos e mudanças no decorrer do tempo também prevendo situações futuras. Quando falamos em insuficiência cardíaca de acordo com Hospital Albert Einstein caracteriza-se pela incapacidade do coração em bombear sangue para nutrir nosso organismo, seja por problemas na contração e/ou relaxamento do mesmo. Isto faz com que todo nosso organismo sofra consequências graves.
Não posso deixar de citar nesta temática como enfermeiro do trabalho que sou, que quando não é devido há algum problema congênito, a melhor maneira para combater a insuficiência cardíaca é a prevenção. Pois as características de risco como abuso de álcool, sedentarismo, tabagismo, diabetes e obesidade são fatores mutáveis, ou seja, mudanças nestes mal hábitos ajudam a combater a insuficiência cardíaca. Estes fatores perpetuando, há uma forte tendência ao aumento da pressão arterial ocasionando infarto agudo do miocárdio e outras cardiopatias que ajudam a estabelecer a insuficiência cardíaca.
Faço questão de entrar neste assunto por trabalhar diretamente com a prevenção dos agravos em saúde. Eu trabalho em uma empresa privada, monitorando dois estados e aproximadamente 1.500 vidas, obviamente a realidade na saúde pública é diferente. Entretanto se não despertarmos a consciência da prevenção em todos os públicos, nada adianta.
Diante isso, ao analisarmos a taxa de óbitos hospitalares em 2019 por insuficiência cardíaca, temos que compreender que os números evidenciam diferenças por unidades de federação que já imaginamos e outras que talvez não nos damos conta. Segue abaixo dois gráficos:
O gráfico abaixo demonstra a relação entre internações e óbitos por estado:
Não há como desconsiderar que o número de habitantes como também as condições socioeconômicas de um determinado estado também podem influenciar nos indicadores. De acordo com o Tribunal de Contas do estado de São Paulo somando as redes estadual e municipal, em 2019 São Paulo tinha 199 hospitais com a capacidade de leitos de 31.923 e foi realizado 118.730.822 procedimentos por profissionais de saúde. Mais um dado importante documento é que foram realizados 439.461 grupos com ações e promoção a saúde. Citei na página anterior o quanto a atenção primária é importante e pode interferir beneficamente na melhora de indicadores. Em Rondônia consegui dados de 2017, o número de leitos em hospitais era de 1467. Citei estes dados para demonstrar o quanto um país com dimensões continentais ao mesmo que é enriquecedor, traz muitos desafios quanto a equidade.
Neste gráfico é demonstrado quais estados tem custo mais elevado, porém estados com menor quantidade de internações e custo menor não necessariamente tem mais óbitos.
É muito importante lembrar que ações governamentais para melhorias de condições sanitárias e moradia também são fatores que podem ser considerados determinantes quando falamos da insuficiência cardíaca. A doença de chagas endêmica nas regiões norte/nordeste podendo causar a insuficiência cardíaca e em cascata aumentar o número de internações.
Para finalizar, concluo que quando falamos sobre insuficiência cardíaca, precisamos aprofundar de forma global, compondo todos os fatores de morbidade que possam tornar-se determinante para tomada de ações, principalmente a perpetuação de ações preventivas.
Referências:
https://www.ufrgs.br/napead/projetos/indicadores-de-saude/indicadores.php# acesso em: 21/11/2020 18:25
https://www.einstein.br/especialidades/cardiologia/doencas-sintomas/insuficiencia-cardiaca acesso em: 21/11/2020 19:20
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php acesso em: 21/11/20 20:12
https://painel.tce.sp.gov.br/ acesso em: 21/11/2020 20:43
http://www.rondonia.ro.gov.br/ acesso em: 21/11/2020 21:10
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